sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Batizado em Quincha Aberta

Foi num galpão, manhã, frio e vento.
Em um ritual sagrado, fui ungido.

Pelas mãos divinas, recebi amor e paz.
Ao patrão velho lá de cima, eu fui erguido.

Na quincha já sofrida, sobravam nuvens e céu.
O angico em labaredas, pelo meio,  aquecia o tempo.

O vento que não poupava, cortava,  palas e ponchos.
O Frio em sincronia, sorrateiro, ditava o momento.

No anseio da vida, ainda nos braços de minha mãe,
expressei um baita sorriso, alegria, de um piá.

De certo, e pela benção do senhor, um gaúcho se fez.
No olho do meu pai, brilho e luz, mais lindo não há!

Marcos Alves.

Se desejar ler outros versos, acesse este link:
http://versosalmaepropriedade.blogspot.com.br/

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