sexta-feira, 29 de abril de 2016

Trilhos da Minha História

Um gaúcho, encaminha sua honra pelos trilhos da história.
Molda sua vida e costumes, com o melhor aço e firmeza.

Errado, é aquele que pensa diferente, e determina.
Que, o que nos toca é apenas pão, em cima da mesa.

Sou índio, e pertenço a esta tribo pampeana, e digo com muito orgulho.
Busco pela verdade, conhecer os motivos deste povo, em querência.

Finco os pés nesta terra, e dela, trilho um destino em minuano.
Escrevo o que digo, e só digo o que sei, sem manchar minha existência.

Frio, chuva ou qualquer tempo, não importa! Vim do pó, carregado pelo vento sul.
E por fama na região, domo qualquer bagual, nunca me dou por cansado.

E digo, cavalo por redomão, serve pra toda lida, claro, até pras corridas.
Pela encilha, ensino o respeito, pelo passo e trote, dou por domando.

A sanga, aquela que passa na volta do rancho, conta e lembra.
Os caminhos que percorremos, faz picadas, deixando aberto, ensinamentos.

Pelo tento, tranço ideias e busco vida, nesta terra verdejante da minha pátria.
Fumaça, mate e até a morte, são escritas de uma verdade, em todos os momentos.

A história, a que trilho, dou em verso por herança a qualquer vivente.
Das três pátrias, faço minha morada, conquista pelos caminhos que cruzei.

Daquilo que vi, e vivi, eu sentencio e dou por sorte a qualquer um.
Sorvendo em poesia, neste orvalhar, conta minha vida ao qual eu determinei.

Marcos Alves.

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sábado, 16 de abril de 2016

Pátria e Democracia

Amigos peço licença, gostaria de falar, perdoem minha "xucreza".Algo acontece, e até me causa estranheza, custo acreditar.

A pátria velha, esta que no serve de todo jeito e toda forma, escramuça!
E o povo, que nela habita, é tratado sem respeito, quase por se trancar.

Por todo lado, um verdadeiro alvoroço, querem no tranco fazer valer.
Um baita entrevero, com a democracia e no respeito a todo o povo.

Este vento do incerto na corrida do poder, é até uma desfeita!
Estes sujeitos, imundícias, nesta situação "brasina", querem tudo de novo.

Foi desde o início, dentro e fora do Rio Grande, também nos primórdios.
Pela ganância, já sem limite, vão da direita para esquerda e até mesmo, por fora.

Esta pátria, que se abala, com a falta de vergonha mediante a tanta coisa.
E os governantes, engravatados, que na luta pelos pilas, se soltam campo a fora.

Na escuta, pelo velho rádio, acompanho quem por sinuelo caborteia.
E o dito pelo não dito, vira fato, e vai a voto, dos que querem enriquecer.

Entrincheirada, a soberania vai ceifando, as ervas daninhas.
No final, ficará quem o povo, pelo voto, fez valer.

Eu até não entendo, e pra mim é uma afronta, querem a pata de cavalo pisotear a constituição, documento, construído pela história.

E o Brasil? Este luta de daga a toda prova, de uma forma aguerrida, do mesmo jeito rio-grandino, empunhando sua trajetória.

E os malevas, os que nada fazem, são como pega-pega na lã das ovelhas.
Vão e grudam neste maldito poder. E o povo? Em "reculuta" à dignidade, em meio a esta disputa!

Neste golpe desarmado, no fim, querem romper com o direito do cidadão.
Regras quebradas em atos desonestos, são os gritos desta nação enfrente a esta luta.

Gaúcho ou não, somos forte e lutamos! Nem por falta de armamento neste golpe repetido , muito menos, feridos ou caídos, recuamos a qualquer força bruta.


Marcos Alves.

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Para que fique registrado, em 17 de abril, amanhã, se dará um dos maiores golpes da direita pela tomada do poder, sem uma eleição legítima. Estão invalidando o direito dado ao povo pela constituição e por ela regulamentada.

Este ato, tem em sua ação, a encoberta dos roubos executados pela direita, onde os mesmo estando no poder, poderão simplesmente arquivar e sumir com todas as provas, fazendo do povo brasileira, idiotas de uma nação.

Não podemos deixar!!! Luta, golpe não!!!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Minha Prenda

Lá no horizonte largo, onde o sol risca seu caminho.
Encontro os olhos dela, minha prenda, cheio de luz e carinho.

Neste pampa que tanto amo, nesta vida que o patrão velho me deu.
Minha sentença, é das melhores, estar sempre junto ao lado seu.

Não consigo, e pelo pensar eu vou ruminando, o porque deste amor.
Nesta vida, troco não há, é certo e a gente sabe, isto é coisa do senhor.

Seus cabelos, melenas ao vento, trás o perfume da saudade em meus caminhos.
Nestes desacatos da vida, em minhas andanças, foram poucos os carinhos.

Nos teus braços, e pelo teu corpo, quero a cada luar me encontrar.
Ao teu lado, e nas manhãs frias, água e erva, quero contigo matear.

No dia que se passa, mesmo que na distância, lida e obrigação.
Meu pensar, minha alma, são como um candieiro, iluminando o coração.

Na porteira, depois da tranca, já ao longe, se apresenta uma flor.
Esta prenda, tão bela e formosa, que me arrebata, me da vida e amor.

Marcos Alves.

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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Marenco em Filosofia

Verdades em forma de melodia, cultura e vida, um sabiá ao vento.
Traquejo nas palavras, sabedoria no pensar, liberdade ao alento.

Música que expressa o pampa em voz imponente.
Linhas e linhas de poemas, reportando a alma da gente.

Estampa em galhardia, levando ensinamentos quando mira uma estrada.
Brisa sem rumo, destino incerto, quando em uma cantiga encantada.

O mundo é seu galpão, estrada sua sina, melodia sua essência.
Forjado pelo regionalismo de Jayme Caetano Braun, temperou sua existência.

Tropilha, pelego e machado, são vivências esculpidas no coração.
Inverno, lenha e fogão, são lembranças sorvidas junto ao chimarrão.

Herança divina, certeza do que é e sempre será, presente e futuro no cantar.
Artista completo, filosofia pampeana, fato, voz e violão, sem nunca cansar.

Marcos Alves.

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Um regalo a um grande cantor, do qual aprendo com suas melodias, a vida do campo, neste paraíso de cultura que é o nosso Rio Grande do Sul.