Mesmo que por linhas tortas,
A escritura sagrada não menti
E ainda, que se passe milhares de anos
A verdade do patrão, é antiga, e a gente senti
Na plenitude da existência, nesta dádiva da vida
Deus pai, nos presenteou e enviou a este pago
Duas vidas tão belas, que por certo, elas
Antes mesmo de nascer, já haviam conversado
Algumas estrelas, nascem no céu
Feitas para brilhar e encantar os olhos
Algumas estrelas, nascem na terra
Feitas para brilhar e encantar a todos
Algumas estrelas, se cruzam no céu
Indicando, um rastro de luz e amor
Algumas estrelas, se cruzam na terra
Indicando, o grande milagre do senhor
Elas meninas, ainda no berço, no leite materno
Pela conversa enrolada, já trocavam proezas
No sentido mais puro, da palavra amizade
Estas prendinhas, já tinham algumas certezas
Que seus caminhos, por mais distantes
Que seus sonhos, por mais diferentes
Nunca, nem neste ou qualquer outro momento
Existirá, uma amizade, constituída desde o ventre
Amizade, que pela contagem do tempo
Que no crescer, delas, e pelo entendimento
É algo concreto, e digo mais, é um fato
Seres puros de alma, cumplicidade no ato
Amigas para sempre, é uma rima constante
E elas, meninas, parceiras de vida, é uma certeza
Expressam pureza, carinho e simplicidade
Pequenas, no tamanho, mas amor é uma grandeza
Gritam, se apertam, e no mesmo instante embestam
Que de certo, irmãs de sangue, não são, não importa
Amigas para sempre, é uma rima constante
Sentimento que transcende, ao abrir de cada porta
Marcos Alves.
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Vivência campeira deste povo gaúcho, contada em versos e poesias por Marcos Alves.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Saudade do Pago
Por vezes, me vem nas ideias
Um pensamento que eu não tinha
Saudade do pago e dos costumes
Numa terra, que não é só minha
Na beirada da janela, na minha morada
Lembro do passado, enquanto sozinho mateio
Recordo de feitos, as coisas daquele tempo
Enquanto conduzo a ideia, me vou pelo meio
Casa da minha infância, lugar onde eu nasci
Lembro e até sinto, fui embora, ainda um guri
Cuidava dos bichos, de todos, principalmente as ovelhas
Tudo em cima de um amigo, meu gateado eu trazia no freio
Lá na casa, a tranca da porteira, abria caminho
Uma judiaria, o pasto estava alto, ninguém veio
As tramelas das janelas, não seguram mais o vento
Pelas frestas do rancho, dentro de casa, só velharia
Os bichos, ao relento, e um quero-quero sozinho
Jeito de abandono, não acostumo, isto ninguém dizia
Tenho saudade, lá de casa, do tempo de guri
Tenho saudade, de tudo, que um dia eu vivi
Desta mesma janela, a imagem que me chega
Eu enquadro na mente, emoldurada de alegria
Na vida que vivo, longe de casa, da casa que tinha
Nem mesmo de longe, consigo sentir, é estranho
Tenho tudo, mas algo me falta, e peço perdão
São só pensamento, mas o amor é tamanho
Tenho saudade, lá de casa, do tempo de guri
Tenho saudade, de tudo, que um dia eu vivi
Marcos Alves.
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Um pensamento que eu não tinha
Saudade do pago e dos costumes
Numa terra, que não é só minha
Na beirada da janela, na minha morada
Lembro do passado, enquanto sozinho mateio
Recordo de feitos, as coisas daquele tempo
Enquanto conduzo a ideia, me vou pelo meio
Casa da minha infância, lugar onde eu nasci
Lembro e até sinto, fui embora, ainda um guri
Cuidava dos bichos, de todos, principalmente as ovelhas
Tudo em cima de um amigo, meu gateado eu trazia no freio
Lá na casa, a tranca da porteira, abria caminho
Uma judiaria, o pasto estava alto, ninguém veio
As tramelas das janelas, não seguram mais o vento
Pelas frestas do rancho, dentro de casa, só velharia
Os bichos, ao relento, e um quero-quero sozinho
Jeito de abandono, não acostumo, isto ninguém dizia
Tenho saudade, lá de casa, do tempo de guri
Tenho saudade, de tudo, que um dia eu vivi
Desta mesma janela, a imagem que me chega
Eu enquadro na mente, emoldurada de alegria
Na vida que vivo, longe de casa, da casa que tinha
Nem mesmo de longe, consigo sentir, é estranho
Tenho tudo, mas algo me falta, e peço perdão
São só pensamento, mas o amor é tamanho
Tenho saudade, lá de casa, do tempo de guri
Tenho saudade, de tudo, que um dia eu vivi
Marcos Alves.
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sábado, 2 de janeiro de 2016
A Chegada do Irmão
Naquele dia, o tempo estava cabuloso
Do rancho, um grito, logo reconheci
Minha mãe me chama, fiquei sestroso
A notícia era boa, o ventre rompeu
Antes, muito antes, era apenas eu
Meu irmão, em um grito informou
Eu não estava mais só, ele nasceu
Só escutei, ainda não conhecia
Mesmo assim, medo eu senti
Eu tinha tudo, mil regalias
Temi, e logo pensei, puxa perdi
Tenho duas mães, e um amor infinito
Maria, por quem rezo, mãe de jesus
A minha, que me cuida, quem me deu a luz
Me deram um presente, no instante do grito
É uma situação, eu não estava preparado
De pronto, um individuo tomando conta
E a mãe, com um olhar gaviona
Num grito de ordem, já desponta
Irmão, é como o sol que amadrinha o chapéu
E os dois, dão de costado pra toda a vida
É quem fica contigo, na cevadura do tempo
É a troca de ombro, no romper de um tento
Irmão, é quem chora no desalento
É quem te pede conselho, e não corcoveia
É quem viaja, e deixa saudade
É o mesmo sangue, que corre nas veias
Irmão, é irmão e compadre
É quem agente confia os filhos
Quando na distância, arrebata a alma
Pensa igual, e anda pelos mesmos trilhos
Irmão, chega cedo para não matear sozinho
É quem no frio, na lida, joga lenha no fogão
É prosa, conhecimento e confiança
No rio, é quem abre o caminho
Irmão, é herança e um legado
Envelhece contigo a cada cruzar do vento
Em uma tropa, sinuelo, é uma certeza
É a tua sombra, na rudez do tempo
Marcos Alves.
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