domingo, 3 de julho de 2016

Recuerdos de Uma Vida

Tenho a lua, como parceira, na condução do pensar, passado e presente, são "recuerdos", na escuridão.
Lembro dos meus temores, que por horas, cortavam a alma, pela sombra, junto ao candieiro, escuto meu coração.

Ordeno o meu lembrar, mateando junto a china, em brasa e fogo, em uma reza, da qual me entrego, reflito, e me reconcilio comigo.
Fiz coisas, maldades das quais não me orgulho, penitência eterna, busco na luz e pela fé no senhor, o que a muito, me foi prometido.

Em léguas de estrada, peleei lutas, que muitos machuquei, gritos contidos, torturam este bagual, por amor em esmolas.
Sou firme de rumo, tracei minha liberdade, salvação, ao tinir das argolas.

É neste ponto, onde a geada que piso, faz meu tempo valer.
É pelo rio que lava, que entrego um eu antigo, na busca do meu novo ser.

Marcos Alves.

Se desejar ler outros versos, acesse este link: http://versosalmaepropriedade.blogspot.com.br/

Aguadas do Amor

Trago nas cordas da minha guitarra, melodias de amor.

Orquestradas pela batida, sentida no peito deste cantor.

Vou de manso, ao encontro da bela prenda ao final de cada tarde.

Busco em seu corpo, o calor e o exalar do cheiro que não arde.

Em linhas sinuosas, descrevo seu corpo em precisão.

No mesmo tracejado, rabisco o desejo, de ti, em letras de uma canção.

Numa aguada, vejo pedras gastas pelo tempo.

Encharcadas de histórias, sol e lua, contadas ao relento.

Nelas, eu e tu, banhados pelo amor ao escrever nosso destino.

E este bagual, agora te pertence, pra nunca mais um teatino.

Marcos Alves.

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