segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Meu Pala Minha Prenda


No pala da tua alma, quero me abrigar, e a lagrima da saudade encurtar.

Ao atirar o pala por cima dos ombros, sinto a presença da prenda, em um abraço de amor.

Se o meu pala, pode me acompanhar tão perto de mim, é por certo prenda, que tu pode me amar, me amar assim.

Se numa tropeada, o pala me protege do minuano mais rigoroso, há de nos abraçar e aquecer, e até manter, o amor, o teu amor, mesmo que longe, perto de mim.

Por um regalo da vida este pala é o mesmo, o mesmo desde sempre. Amanhece e adormece ao meu lado, e num sonho, quase uma realidade, desejo estar sempre junto a ti, em uma amor encantado.

Na chegada do rancho, dou descanso ao pala velho estradeiro. Que no rigor do dia e a da noite, exerce o ofício tropeiro.

Pela fresta da janela, vindo pelo meio do campo, tu minha bela, que ilumina o mate que a espera e também este velho quera.

Em um passo bem medido, me vou de encontro a ti, te dizer que nunca mais, pra longe eu há de ir. Te rodear e envolver com meu pala, é minha cina e meu destino.

No arvoredo que rodeia o nosso rancho, busco a sombra e proteção. Com meu pala, o que te envolve e aquece, prenda, campeio a ti, pra salvar meu coração.

No pala da tua alma, quero me abrigar, e a lagrima da saudade encurtar.

Marcos Alves.

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domingo, 8 de novembro de 2015

Um Taura e Meio

Foi no tranco, que este gaúcho veio ao mundo.
Piratini sua querência, mas seu pago, Canguçu.

Querência ou pago, tanto faz, tinha orgulho pelo dois.
Homem de fibra e coragem, não tinha medo de nada,
nem do mais bravo zebu.

Aprendeu a lida campeira, herança de seu pai.
Logo partiu, militar se tornou, sua família ele deixou e na cidade chegou.

Lima é sobrenome, referência, um indicativo de presença.
Respeitado e amado, e mesmo não letrado, uma sabedoria alcançou.

Na cidade de Pelotas fez história e profissão.
Casas e prédios foram erguidos, foi mestre da construção.

Sujeito de presença e galhardia, logo deu espaço a prenda de melena escura.
Mulher de sabedoria, conduziu o quera, com estilo, beleza e formosura.

Os filhos, sim os filhos, sua vitória.
Respeito, dignidade e honra, foi a herança deixada, em forma trajetória.

Quando numa ponchada de amigos, não tinha quem não gritasse, que o maior pé de valsa, no baile fazia graça.

Um xiru se tornou, e a prenda Deus chamou pra junto dele.
E ele como um rio, seguiu, e mesmo sem ela, resistiu.

No mate de todo dia, sentado em seu trono, na busca da informação, aprendia sobre a cidade, as pessoas enquanto os dias passavam.

Autêntico como de costume, não se dobrava a qualquer vivente.
Aprendeu a encilhar o tempo, e fez dele uma espera.

Definiu sua trajetória em forma de guerra. Tinha um rumo certo.
E hoje, um anjo, uma saudade, um sentimento sentido por perto.


Marcos Alves.

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terça-feira, 3 de novembro de 2015

20 Anos de Amor


Nos traços riscados pela lua e pelo sol,
uma linda história de amor foi escrita.

Nesta bendita contagem do tempo,
os anos se passaram e não senti.

Aprendi, que nesta vida passageira,
neste tempo de amor, eu me permiti.

Deixar que Deus me conduzisse,
pelo pampa junto a ti.

Não foi ardo e nem um fardo,
mas com a prenda ao meu costado,
Misturamos almas e sentimentos.


O amor e a paixão, nos conduziram,
E nenhum de nós, apeou desta estrada,
não acumulamos sofrimentos no coração.

E em tempos de guerra, não permitimos,
que por qualquer peleia ou desagravo,
esta trilha tivesse desvio ou imperfeição.

E foi junto a ti, prenda minha,
que 20 anos se passaram.
Pirilampos na escuridão,
as noites iluminaram.

E neste dia e nesta data,
cantei versos que descrevem,
o amor que não desata e que frutos resultaram.

Os pias, no rancho chegaram, linda história, lindo amor.
Minha linda prenda!

Marcos Alves.

Esta poesia, eu dedico ao meu eterno amor, onde juntos e durante 20 anos, vivemos o que somente o amor pode fazer viver.

Te amo muito Andréia Alves.

Marcos Alves.

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