quinta-feira, 2 de junho de 2016

Sou Pampa, Terra e Sul

Ainda guri, fatos e contos escutei, pelas vozes, dos antigos atuais.
Perícias e manejos do campo, aprendi, por verdades, dos mais diversos  mananciais.

Retempero a minha alma, com labaredas da história, relembro dos  tempos idos, com palavras de saudade.
Pelos verdes dos campos, eu cresci e vivi, fui assolado por tudo, campo e céu, de relance a maldade.



Na calmaria que se apresenta, me vou ao estilo sereno,
pelos favos das bombachas, determinei tempo e lugar.
Num semblante "abagualado", não relincho ao alheio,
com o sol na moleira, gaita e violão, dedilho meu sonhar.

No minuano recorrente, vou "desquinando" as intempéries,
aqueço as manhãs, junto ao angico, brasas ao relento.
Encilho as horas em um silêncio, no verde do meu mate,
penso, no rastro que deixei, de certo, ensinamento.

Vou meio sólito, conduzindo o corpo em tapera,
peleando os dias, adiante de cada porteira.
Me agrada esta passagem, na lida ao redor da cultura,
sou pampa, terra e sul, uma lenda campeira.

Marcos Alves.

Se desejar ler outros versos, acesse este link: http://versosalmaepropriedade.blogspot.com.br/

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