quarta-feira, 8 de junho de 2016

Velho um Título

No meu couro, historias escritas em rugas de sabedoria,
nestas linhas, aprendi e sei, todo o início tem um fim.
Me denominam um velho, veterano em seu tempo e lugar,
tenho a alma estancieira, onde plantei vida, e foi sempre assim.

Entre primaveras e outonos, de chapéu tapeado e perna alçada,
sol e geada, foram muitas, num silêncio costumeiro.
Vivo só, campo e solidão, foram destinos oferecidos desde guri,
o tempo não poupa, e se mostra, mesmo para este bagual caborteiro.

O sangue da cultura do meu pampa, corre em mim,
como água, dos mates madrugadeiros que sorvi.
Tramelas das mais diversas porteiras, não foram trancas pra mim,
de goela aberta, conduzi meu ofício de capataz, e assim vivi.

Tenho vida de peão, esta é a minha sina para todo o sempre,
ressuscito a cada manhã. jujado na esperança ao som, dos pássaros cantando.
Busco o leite ainda fresco, recorro os animais, dos poucos que tenho e me vou pra lida, pelas estradas como sempre, cavalgando.

Marcos Alves.

Se desejar ler outros versos, acesse este link: http://versosalmaepropriedade.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem vindo ao meu blog!