domingo, 8 de maio de 2016

Sorvendo o Fim

Lavo a erva, num "converse" sem fundamento.
Devaneio da vida, em passos ao relento.

Lembro, e até afirmo, fatos, por algum momento.
Me perco no pensar, enquanto me analiso por dentro.

Olhar, já com pouco brilho, na idade do tempo.
Deleito uma seiva charrua, perto do fogão, atento.

Nas paredes do meu galpão, ranhuras, contam o que enfrento.
De aba larga, tapeio a vida, e a tranço, com o melhor tento.

Ademais, os alaridos, em meu pensar, atormentam agora.
Bombachas gastas, sovadas da lida, em fim, chegando a minha hora.

No meu cepo, pensativo, em tarca relaciono os amores.
Ao patrão, em prantos, eu suplico, em meio as minhas dores.

Nesta vida, e desta vida, peço preferência.
Aproveito o merecido, enquanto eu ainda, tenho tenência.

Marcos Alves.

Se desejar ler outros versos, acesse este link: http://versosalmaepropriedade.blogspot.com.br/

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