Uma quincha, bem armada
Um galpão campeiro, bem a preceito
Rancho e sombra, lá no Rincão dos Alves
São coisas simples, que alegram o sujeito
A cavalhada solta ao campo
O olhar, que se perde na distância
Alambrado e arame bem esticado
São coisas simples, da nossa estância
Um mate jujado de esperança e amor
Um braseiro, que aquece a madrugada
Um lenço, que abana da porteira
São coisas simples, que vem da prenda amada
Prosa mansa no encontro de um amigo
Truco bem jogado, num final de tarde
Um costelão doze horas, num domingo
São coisas simples, de uma amizade
Um sapucai, em notas musicais
Uma viola, chorando uma milonga
Uma roda, ao ritmo da gaita
São coisas simples, que acontece em uma ronda
Um zaino pra toda lida
Um carborteiro, sem respeito
Um haragano, para impor a doma
São coisas simples, que considero feito
Minha terra, meu lugar
Sou gaúcho que não desiste
Gosto do simples, e insisto
São coisas simples, que só aqui existe
Marcos Alves.
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