quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

O Que Determina o Simples

Uma quincha, bem armada
Um galpão campeiro, bem a preceito
Rancho e sombra, lá no Rincão dos Alves
São coisas simples, que alegram o sujeito

A cavalhada solta ao campo
O olhar, que se perde na distância
Alambrado e arame bem esticado
São coisas simples, da nossa estância

Um mate jujado de esperança e amor
Um braseiro, que aquece a madrugada
Um lenço, que abana da porteira
São coisas simples, que vem da prenda amada

Prosa mansa no encontro de um amigo
Truco bem jogado, num final de tarde
Um costelão doze horas, num domingo
São coisas simples, de uma amizade

Um sapucai, em notas musicais
Uma viola, chorando uma milonga
Uma roda, ao ritmo da gaita
São coisas simples, que acontece em uma ronda

Um zaino pra toda lida
Um carborteiro, sem respeito
Um haragano, para impor a doma
São coisas simples, que considero feito

Minha terra, meu lugar
Sou gaúcho que não desiste
Gosto do simples, e insisto
São coisas simples, que só aqui existe

Marcos Alves.

Se desejar ler outros versos, acesse este link: http://versosalmaepropriedade.blogspot.com.br/

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