quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A Lida e a Fumaça

A fumaça que desponta, na chaminé de cada amanhecer, indica, que naquele rancho, mesmo que tapera.
Existe um gaúcho, que pela seiva do amargo se prepara, para mais um dia de lida.

Neste mesmo andejar, no minuto que brilha o sol amadrinhador, enxerga pela janela, o dia, ainda com jeito de noite, sentindo o cheiro da vida.

De certo, que a geada se faz presente no tapete verde lá na rua. E faz deste domador, mais feliz, quando nela pisa, e de longe,  bombea o chucro no palanque.

E sem nunca desistir ou retardar, nem pelo frio de cortar, que lá fora faz estrada, que de encontro ao poncho, arrepia o osso no mesmo instante.

Faz de um sulino, que nas veias, tem o serviço como obrigação, onde dele trás o pão, que alimenta a alma e descansa o coração.

Um bravo, que domina qualquer redomão, no respeito, sabedoria e na ponta espora.

Está história que não foi dita, fui eu mesmo, é minha própria escrita.

Moro no sul, é minha herança, nem o mais caborteiro, me tira esperança.
Sou domador, e madrugador, meu ofício desde criança.

Marcos Alves.

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