Vivência campeira deste povo gaúcho, contada em versos e poesias por Marcos Alves.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Meu Pala Minha Prenda
No pala da tua alma, quero me abrigar, e a lagrima da saudade encurtar.
Ao atirar o pala por cima dos ombros, sinto a presença da prenda, em um abraço de amor.
Se o meu pala, pode me acompanhar tão perto de mim, é por certo prenda, que tu pode me amar, me amar assim.
Se numa tropeada, o pala me protege do minuano mais rigoroso, há de nos abraçar e aquecer, e até manter, o amor, o teu amor, mesmo que longe, perto de mim.
Por um regalo da vida este pala é o mesmo, o mesmo desde sempre. Amanhece e adormece ao meu lado, e num sonho, quase uma realidade, desejo estar sempre junto a ti, em uma amor encantado.
Na chegada do rancho, dou descanso ao pala velho estradeiro. Que no rigor do dia e a da noite, exerce o ofício tropeiro.
Pela fresta da janela, vindo pelo meio do campo, tu minha bela, que ilumina o mate que a espera e também este velho quera.
Em um passo bem medido, me vou de encontro a ti, te dizer que nunca mais, pra longe eu há de ir. Te rodear e envolver com meu pala, é minha cina e meu destino.
No arvoredo que rodeia o nosso rancho, busco a sombra e proteção. Com meu pala, o que te envolve e aquece, prenda, campeio a ti, pra salvar meu coração.
No pala da tua alma, quero me abrigar, e a lagrima da saudade encurtar.
Marcos Alves.
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