sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Uma História de Guri


Meu pensar é traiçoeiro, feito cavalo mal domado,
quando enfio as esporas nas ideias, logo me vem o passado.

Em um trajeto mal escrito, de muita realidade e pouco sonho,eu guri, que ali deixado, no costado dos avôs, vi o passar da lua e do sol.

No trote de cada dia, fui em busca da minha essência.
Meu avô, um verdadeiro campeiro, conhecedor da lida e da vida, fez de mim um grande homem, pra hoje, amanhã e pra toda a minha existência.

Foi na felicidade alheia, que fui forjando o aço dos meus sentimentos como quem forja uma faca.
Pouca família, poucos amigos, e o que sobrou, foi a tarca dentro de mim, onde apontava a cada momento, o fim do que não mata.

Os dias se passaram, e pirilampos na escuridão, iluminaram a estrada de céu cinza,
e na ponta da lança, já cansado, outra história começou.
A vida, como um rio, abre caminhos, logo deu de relho no ruim e o mal ela contornou.

Eu, já um tapejara, busquei a felicidade a cada amargo sorvido.
E nesta busca, a prenda se fez presente, e ausente a tristeza.

O amor quando encontra um gaúcho, é como um chá que cura.
Aos poucos dei de coice no passado, e não existe mais tortura!

Marcos Alves.

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