segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Alma e Propriedade


Neste pampa de campos largos, fronteiriço por excelência, onde o cavalo e o homem, misturam alma e propriedade.

É na rudez de sua essência, que debaixo de um tarumã, na sombra da história, a vida campeira se faz saudade.

Somos todos tentos da mesma lonca, buscamos a verdade neste pampa sulino,
Não temos motivos de ser teatino, e nem fazer da alma campeira, uma porta para enfermidade.

Queremos o que é nosso, o que nos foi dado pelo patrão velhos lá de cima.
Somos autênticos, feitos do barro, temos nossa liberdade.

Alma campeira, firme como cerne de coronilha que ródea a tropilha.
Vivente, que do mate do dia a dia, bombeia no risco do horizonte as ovelhas em vigília.

Busca na saudade do pensar a eterna lembrança pampeana.
Uma história vivida e outra contada no favo de cada bombacha.

E todo gaudério, seja novo ou seja velho, tem no couro as escritas do tempo que se passa.

A cada passagem nesta vida, o dito de agora, vira o conto de cada porteira, e o guri que do ventre protegido, nasce da história com sua alma campeira.

Marcos Alves.

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