Foi no tranco, que este gaúcho veio ao mundo.
Piratini sua querência, mas seu pago, Canguçu.
Querência ou pago, tanto faz, tinha orgulho pelo dois.
Homem de fibra e coragem, não tinha medo de nada,
nem do mais bravo zebu.
Aprendeu a lida campeira, herança de seu pai.
Logo partiu, militar se tornou, sua família ele deixou e na cidade chegou.
Lima é sobrenome, referência, um indicativo de presença.
Respeitado e amado, e mesmo não letrado, uma sabedoria alcançou.
Na cidade de Pelotas fez história e profissão.
Casas e prédios foram erguidos, foi mestre da construção.
Sujeito de presença e galhardia, logo deu espaço a prenda de melena escura.
Mulher de sabedoria, conduziu o quera, com estilo, beleza e formosura.
Os filhos, sim os filhos, sua vitória.
Respeito, dignidade e honra, foi a herança deixada, em forma trajetória.
Quando numa ponchada de amigos, não tinha quem não gritasse, que o maior pé de valsa, no baile fazia graça.
Um xiru se tornou, e a prenda Deus chamou pra junto dele.
E ele como um rio, seguiu, e mesmo sem ela, resistiu.
No mate de todo dia, sentado em seu trono, na busca da informação, aprendia sobre a cidade, as pessoas enquanto os dias passavam.
Autêntico como de costume, não se dobrava a qualquer vivente.
Aprendeu a encilhar o tempo, e fez dele uma espera.
Definiu sua trajetória em forma de guerra. Tinha um rumo certo.
E hoje, um anjo, uma saudade, um sentimento sentido por perto.
Marcos Alves.
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Muito Lindo, seu Lima eu sempre respeitei por vários motivos, e em sua maioria expressos nestes belos versos!! embora não tenha podido em vida tê-lo agradado como eu gostaria, nas poucas oportunidades que tive sempre procurei demonstrar este carinho e respeito.
ResponderExcluirÉ verdade meu amigo, os versos demonstram realmente o que ele sempre será, uma pessoa impar.
ExcluirObrigado.