Da faísca, surge o fogo que ilumina o breu
O mesmo que marca o chão, e atiça a ideia
Cerne de coronilha, pra uma noite longa e fria
Labaredas, que reboleiam suas chamas, em plateia
É por volta dele, que rodeia a gauchada e a cuscada
Contam histórias, vitória e guerra, em rédeas pampeana
O calor que emana, distribui silencio a quem escuta
E um lobuna, solto ao campo, em sentido de campana
As chamas governam a noite, encorajadas pela guerra
O tição, que de longe é conduzido, escuta o que não agrada
Contos que ilustram, uma luta gaúcha pela terra
E la fora, pousa fria e sem pena, um vento em geada
Uma luz que queima e ilumina, trás pra mente
O legado antepassado, que esta dentro da gente
O mate que se renova, uma, duas ou até mais vezes
Sorvido pela água, que aquele fogo, se fez fervente
No galpão ou fora dele, a vida se repete como um ciclo
O ritual é infinito, todo dia, no fim da lida o fogo volta
E os campeiros, na volta dele, são detentores dos fatos
Sempre do mesmo jeito, no mesmo fogo se conta a revolta
Marcos Alves.
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