sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Saudade do Pago

Por vezes, me vem nas ideias
Um pensamento que eu não tinha

Saudade do pago e dos costumes
Numa terra, que não é só minha

Na beirada da janela, na minha morada
Lembro do passado, enquanto sozinho mateio

Recordo de feitos, as coisas daquele tempo
Enquanto conduzo a ideia, me vou pelo meio



Casa da minha infância, lugar onde eu nasci
Lembro e até sinto, fui embora, ainda um guri

Cuidava dos bichos, de todos, principalmente as ovelhas
Tudo em cima de um amigo, meu gateado eu trazia no freio

Lá na casa, a tranca da porteira, abria caminho
Uma judiaria, o pasto estava alto, ninguém veio

As tramelas das janelas, não seguram mais o vento
Pelas frestas do rancho, dentro de casa, só velharia

Os bichos, ao relento, e um quero-quero sozinho
Jeito de abandono, não acostumo, isto ninguém dizia

Tenho saudade, lá de casa, do tempo de guri
Tenho saudade, de tudo, que um dia eu vivi

Desta mesma janela, a imagem que me chega
Eu enquadro na mente, emoldurada de alegria

Na vida que vivo, longe de casa, da casa que tinha
Nem mesmo de longe, consigo sentir, é estranho

Tenho tudo, mas algo me falta, e peço perdão
São só pensamento, mas o amor é tamanho

Tenho saudade, lá de casa, do tempo de guri
Tenho saudade, de tudo, que um dia eu vivi

Marcos Alves.

Se desejar ler outros versos, acesse este link: http://versosalmaepropriedade.blogspot.com.br/

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