Por vezes, me vem nas ideias
Um pensamento que eu não tinha
Saudade do pago e dos costumes
Numa terra, que não é só minha
Na beirada da janela, na minha morada
Lembro do passado, enquanto sozinho mateio
Recordo de feitos, as coisas daquele tempo
Enquanto conduzo a ideia, me vou pelo meio
Casa da minha infância, lugar onde eu nasci
Lembro e até sinto, fui embora, ainda um guri
Cuidava dos bichos, de todos, principalmente as ovelhas
Tudo em cima de um amigo, meu gateado eu trazia no freio
Lá na casa, a tranca da porteira, abria caminho
Uma judiaria, o pasto estava alto, ninguém veio
As tramelas das janelas, não seguram mais o vento
Pelas frestas do rancho, dentro de casa, só velharia
Os bichos, ao relento, e um quero-quero sozinho
Jeito de abandono, não acostumo, isto ninguém dizia
Tenho saudade, lá de casa, do tempo de guri
Tenho saudade, de tudo, que um dia eu vivi
Desta mesma janela, a imagem que me chega
Eu enquadro na mente, emoldurada de alegria
Na vida que vivo, longe de casa, da casa que tinha
Nem mesmo de longe, consigo sentir, é estranho
Tenho tudo, mas algo me falta, e peço perdão
São só pensamento, mas o amor é tamanho
Tenho saudade, lá de casa, do tempo de guri
Tenho saudade, de tudo, que um dia eu vivi
Marcos Alves.
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Lindo, lindo!!
ResponderExcluirLindo, lindo!!
ResponderExcluirLindo!
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